Quatro das seis universidades federais com política de cotas para pessoas trans e travestis não preencheram mais da metade das vagas ofertadas para a ação afirmativa na última seleção, apesar de o número de inscrições ter superado esse quantitativo. Uma pesquisa da Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (Rede Trans Brasil) mostrou que 82% das pessoas trans entre 14 e 18 anos abandonam o ensino médio. A Unifesp foi a que recebeu o maior número de inscrições (819) e preencheu 75% das vagas abertas. Já a Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), ofereceu o maior número de vagas, mas o resultado foi o inverso: só 30% delas se converteram em matrículas. Nas demais instituições — Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), Universidade Federal do ABC (UFABC) e Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) —, esses percentuais são, respectivamente, de 22%, 50% e 15%.