O presidente salvadorenho, Nayib Bukele, rejeitou neste domingo que a aprovação em El Salvador da reeleição presidencial por tempo indeterminado seja o "fim da democracia", ao afirmar que as críticas à decisão são motivadas pelo fato de ter sido tomada por um país "pequeno e pobre". Em uma tramitação acelerada, o Congresso, controlado pelo governo, aprovou na quinta-feira uma reforma constitucional que permite a reeleição ilimitada, amplia o mandato de cinco para seis anos e elimina o segundo turno eleitoral. Segundo Bukele, se El Salvador se declarasse uma monarquia parlamentar "com exatamente as mesmas regras do Reino Unido, Espanha ou Dinamarca", as críticas prosseguiriam. "Porque o problema não é o sistema, e sim o fato de que um país pobre se atreve a agir como um país soberano. O presidente salvadorenho, que afirma não se importar em ser chamado de "ditador", tem grande popularidade por sua "guerra" contra as gangues, iniciada em 2022 e que reduziu a níveis históricos mínimos a violência no país da América Central.
Source: O Globo August 03, 2025 15:08 UTC