BerlimApós uma largada morna e algo despolitizada, o Festival de Berlim recuperou a sua verve militante com a exibição “Grâce à Dieu”, novo filme do diretor parisiense François Ozon, que cutuca feridas dos escândalos de pedofilia na Igreja Católica. Bernard Preynart, padre acusado de ter molestado dezenas de meninos entre os anos 1980 e 1990, tenta impedir que o filme estreie naquele país. Cena do filme 'Grâce à Dieu', de François Ozon, em competição no Festival de Berlim de 2019 - DivulgaçãoIsso não impediu que “Grâce à Dieu” (graças a Deus, na tradução para o português) tivesse sua projeção na competição principal da mostra alemã. O filme marca uma inflexão mais política na carreira de Ozon, conhecido por obras mais psicológicas e sensuais como “Jovem e Bela”, “Swimming Pool” e “Dentro da Casa”. Agora era a vez de explorar como os homens afloram esse lado”, disse o diretor em conversa com a imprensa.
Source: Folha de S.Paulo February 08, 2019 17:37 UTC