RIO - O prejuízo de R$ 14,8 bilhões registrado pela Petrobrás em 2016 pode gerar novos questionamentos de investidores na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a xerife do mercado financeiro. No caso da Petrobrás, isso significa que o controle sai das mãos da União e passa a ser compartilhado com grandes grupos privados, em sua maioria, estrangeiros. Segundo o artigo 62 da Lei, "a União manterá o controle acionário da Petrobrás com a propriedade e posse de, no mínimo, cinquenta por cento das ações, mais uma ação, do capital votante". Na coletiva de apresentação de resultados da estatal, o presidente da petroleira, Pedro Parente, afirmou que não haverá "mudança no direito de voto dos preferencialistas". Para a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), a Petrobrás forçou prejuízos nos últimos três anos, ao registrar baixas contábeis, exatamente para conceder poder aos investidores privados.
Source: O Estado de S. Paulo March 21, 2017 22:56 UTC