O programa, que conta com 53 milhões de registros, deve alcançar orçamento de R$ 150 bilhões em três meses. Ele não é a melhor alocação de recursos que visam reduzir nossas desigualdades, mesmo se considerarmos a expansão de recursos destinados às assistências. Primeiro, a universalização expande a base de beneficiários, que no caso do auxílio emergencial abrange os 19 milhões de CPFs do BF, como também outros 30 milhões de CPFs. Como a cobertura do BF é focada —alcança e incide onde está a pobreza—, a expansão da base diminui a focalização do programa. Trata de forma desigual famílias com crianças, esquecendo que a pobreza se concentra nelas.

Source: Folha de S.Paulo May 26, 2020 02:15 UTC